terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Humanidade e a Natureza

O que retiramos da natureza

Nas gôndolas dos mercados, o espaço reservado aos produtos naturais não pára de crescer. E ao mesmo tempo que a variedade aumenta, novas dúvidas surgem na cabeça do consumidor. Quem nunca parou diante de uma prateleira tentando entender a diferença de aparência, de preço e, principalmente, das propriedades nutricionais existente entre os produtos naturais e os industrializados?

Livres, ou quase livres, de produtos químicos e do processo de industrialização pelo qual a maioria dos alimentos passa, os produtos naturais têm ganhado cada vez mais adeptos.
O conceito de natureza opõe-se ao conceito de humanidade. A Natureza passa a ser o outro, o estranho, o lado obscuro, o abominável que nos causa temor, o refugo da “ordem social”, o que é descartável na integridade e explorável na essência, aquilo que não tem objetivo ou significado. Maleável às liberdades dos seus senhores, serve para ilustrar campanhas de marketing para àqueles que lhe aplicam os piores venenos. Em outros termos existimos “nós” os humanos possuidores do “Reino Absoluto” e “ela” a natureza, acessível, dominável, submissa. É a poderosa vontade humana colocada como a “Mestra do Universo”.


Agricultura Orgânica

Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo frequentemente usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de organismos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável.

A sua base é holística e põe ênfase no solo. Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos tenham qualidade superior a de alimentos convencionais. Em diversos países, incluindo os Estados Unidos (NOP - National Organic Program), o Japão (JAS - Japan Agricultural Standard), a Suíça (BioSuisse) a União Europeia (CEE 2092/91), a Austrália (AOS - Australian Organic Standard / ACO - Australia Certified Organic) e o Brasil (ProOrgânico - Programa de Desenvolvimento da Agricultura, já adotaram programas e padrões para a regulação e desenvolvimento desta atividade.

Este sistema de produção, que exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Pressupõe ainda a manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos.

Formadores da população brasileira

Os negros

As condições de vida dos negros no Brasil

Após 110 anoS da libertação, os negros brasileiros continuam lutando pela liberdade e cidadania. Depois da África, o Brasil é o país que concentra a maior população negra do mundo e também onde os negros permanecem ocupando a mais baixa localização na pirâmide social

O termo exclusão é o que mais fielmente traduz a condição em que se encontra o povo negro no Brasil e no mundo. Nos últimos anos, experimentou-se, em escala mundial, uma brutal concentração de renda e de poder. As elites põem em prática projetos conservadores, que recolocam o racismo na ordem do dia - quer seja através da rearticulação e do avanço da direita nos países europeus, quer através do desmonte de políticas sociais antes destinadas aos segmentos marginalizados da população.
Na África morreram, no ano passado, cerca de meio milhão de pessoas por doenças pulmonares, além das mortes provocadas pela fome, guerra e epidemias. No Brasil, é a parcela negra da população a mais duramente atingida pelo desmonte das políticas sociais e de saúde, pelos sistemas de controle populacional, pelo desemprego crônico, pela fome e a violência do latifúndio, do aparato policial e dos grupos de extermínio. É negra a maioria de crianças que vivem nas ruas e de jovens assassinados nos centros urbanos.

Dados assustadores

Dados referentes nos Indicadores Sociais Mínimos do IBGE de 1996 mostraram que a taxa de mortalidade entre crianças negras e pardas no Brasil é dois terços superior à da população branca da mesma idade. Em outras palavras, até os 5 anos, elas têm 67% mais chances de morrer do que uma criança branca. O índice de mortalidade de crianças brasileiras pardas e negras de até 5 anos de idade é de 76 para cada mil nascida vivas. Entre as brancas, a taxa cai para 46 mortes em cada mil.
Também entre os adultos, os homens e mulheres negros estão em condições de maior desigualdade em nosso país. Dados do último censo realizado pelo IBGE em 1990, revelam que entre os brasileiros que contavam com carteira assinada, 58% eram brancos e 41% negros (34% considerados pardos mais 7% considerados negros). De cada 100 empregados, 51% sobreviviam com salário mínimo. Do total de trabalhadores que ganhavam um salário mínimo, 79% eram negros. A inserção no mercado de trabalho é precoce: as crianças brancas de 10 a 14 anos somam 14,9% e as negras 20,5%.
Na área educacional, em 1997, segundo o IBGE, 18% da população brasileira é analfabeta, sendo que entre os negros este percentual sobe para 35,5%, enquanto na população branca é de 15%. No outro extremo, 4,2% dos brancos e apenas 1,4% dos negros haviam alcançado o ensino superior. Em todos os níveis educacionais, a participação do segmento branco é nitidamente superior à do segmento negro. Essa desigualdade reflete-se no acesso ao emprego, aos serviços, aos direitos mínimos de cidadania e na participação no poder, além do aspecto ideológico, marcado pelos preconceitos e estereótipos.
Para exemplificar melhor esse fato, segundo os dados do IBGE de 1997, a média salarial da população branca no país foi de 600 reais por mês, já a média da população negra foi de 300 reais.
O conhecimento sobre as desigualdades raciais, que nos leva à constatação de que um trabalhador negro com formação universitária recebe o equivalente à metade do salário de um trabalhador branco com igual qualificação, comprova a teoria de que a discussão sobre a problemática racial não pode estar dissociada da luta pela igualdade de classes, principalmente porque muitos dos trabalhadores são negros.

A origem dos negros brasileiros


O Brasil recebeu cerca de 37% de todos os escravos africanos que foram trazidos para a América. A quantidade total de africanos subsaarianos que chegaram no Brasil tem estimativas muito variadas: alguns citam mais de três milhões de pessoa, outros quatro milhões. O tráfico de negros da África começou por volta de 1550.

Durante o período colonial, os escravos de origem africana ou indígena eram a quase totalidade da mão-de-obra da economia do Brasil, utilizados principalmente na exploração de minas de ouro e na produção de açúcar.

Os homens eram a grande maioria dos escravos traficados, o que afetava o equilíbrio demográfico entre a população preta. No período 1837-1840, os homens constituíam 73,7% e as mulheres apenas 26,3% da população escrava. Além disto, os donos de escravos não se preocupavam com a reprodução natural da escravaria, porque era mais barato comprar escravos recém trazidos pelo tráfico internacional do que gastar com a alimentação de crianças. Em relação à grande quantidade de africanos que aqui chegaram, a sociedade brasileira têm até poucos de seus genes, possívelmente devido o desequilíbrio que havia entre a quantidade de homens e mulheres, além da maior mortalidade entre a população de escravos.

Embora tenha sido proibido por várias leis anteriores, o tráfico internacional de escravos para o Brasil só passou a ser combatido através da lei Eusébio de Queirós de 1850, depois da pressão política e militar da Inglaterra.

A escravidão foi diminuída no decorrer do século XIX com a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários, mas somente em 1888 foi definitivamente abolida através da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel.

No decorrer do século XX, muitas expressões culturais afro-brasileira começaram a ser aceitas pelas elites brasileiras. As formas de música popular e danças afro-brasileiras tornaram-se então muito disseminadas, destacando-se a fama internacional do samba. Mestre Bimba apresentou, em 1953, a capoeira ao presidente Getúlio Vargas que a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional".

Também no decorrer do século XX, as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda carioca passou a ser seguida por alguns membros da classe média-branca. O futebol, esporte inicialmente dos brancos, passou a ter também jogadores pretos. Chegou-se assim ao paradoxo da situação atual em que a cultura afro-brasileira ocupa uma posição de destaque no âmbito popular, mas a participação dos pretos é pequena na política, na literatura, nas ciências e na produção artística mais erudita das elites brasileiras


A miscigenação

A miscigenação consiste na mistura de raças, de povos e de diferentes etnias, ou seja, relações inter-raciais.

Poucos países no mundo passaram pela rica interação de diferentes raças e etnias tanto quanto o Brasil. Os portugueses já trouxeram para o Brasil séculos de integração genética e cultural de povos europeus, como os povos Celta, Romano, Germânico e Lusitano. Embora os portugueses sejam basicamente uma população européia, 7 séculos de convivência com mouros do norte de África e com judeus deixaram um importante legado a este povo. No Brasil, uma parte substancial dos colonizadores portugueses se miscigenou com índios e africanos, em um processo muito importante para a formação do País. A esse e a outros processos somou-se o processo de imigração de muitos mais europeus. Da metade do século XIX à metade do século XX, a nação recebeu cerca de 5 milhões de imigrantes europeus, em sua maioria portugueses, italianos, espanhóis e alemães. Um dos resultados da soma desses processos é a atual composição da população brasileira. Atualmente, 48,43% da população brasileira se considera branca, 43,80% se identifica como parda e 6,84% se considera preta.

Os índios brasileiros não apresentavam relevantes diferenças genéticas entre si: seriam todos descendentes do primeiro grupo de caçadores asiáticos que chegaram às Américas, há 60 mil anos. Porém, culturalmente falando, os aborígenes brasileiros estavam inseridos numa diversidade de nações com línguas e costumes distintos. A chegada dos primeiros colonos portugueses, homens na maioria, culminou em relações e concubinatos com as índias. Em 4 de abril de 1755, D. José, rei de Portugal, assinou decreto autorizando a miscigenação de portugueses com índios .

Influência negra na cultura brasileira

Escravos africanos trazidos ao Brasil pertenciam a um leque enorme de etnias e nações. A maior parte eram bantos, originários de Angola, Congo e Moçambique. Porém, em lugares como a Bahia, predominaram os escravos da região da Nigéria, Daomé e Costa da Mina. Alguns escravos islâmicos eram alfabetizados em árabe e já traziam para o Brasil uma rica bagagem cultural. O governo libertou os escravos no final do século XIX, mas não deu assistência social a eles, e, por vários motivos, incluíndo a necessidade de mão-de-obra e a ambição de "branquear" a população nacional, estimulou a vinda de imigrantes europeus. Havia entre os governantes do país a ideia de que se os imigrantes se casassem com pardos e pretos, iriam "enbranquecer" a população brasileira. A famosa pintura "Redenção do Can", feita em 1895 por Modesto Brocos y Gómez, sintetiza a idéia pairante na época: através da miscigenação, os brasileiros ficariam a cada geração mais brancos.

Os negros, trazidos para o Brasil como escravos, do século XVI até 1850, destinados à lavoura canavieira, à mineração e à lavoura cafeeira, pertenciam a dois grandes grupos: os sudaneses e os bantos. Os primeiros, geralmente altos e de cultura mais elaborada, foram sobretudo para a Bahia. Os bantos, originários de Angola e Moçambique, predominaram na zona da mata nordestina, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Surgiu assim o terceiro grupo importante que participaria da formação da população brasileira: o negro africano. É impossível precisar o número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas.


O samba

Gênero musical binário, que representa a própria identidade musical brasileira. De nítida influência africana, o samba nasceu nas casas de baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, em 1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20, quando desponta a geração do Estácio, fundadora da primeira escola de samba. Grande tronco da MPB, o samba gerou derivados, como o samba-canção, o samba-de-breque, o samba-enredo e, inclusive, a bossa nova.


A Escola de Samba

Uma coisa é o samba. Outra, a escola de samba. O samba nasceu em 1917. A primeira escola surgiu uma década mais tarde. Expressão artística das comunidades afro-brasileiras da periferia do Rio de Janeiro, as escolas existem hoje em todo o Brasil e são grupos de canto, dança e ritmo que se apresentam narrando um tema em um desfile linear. Somente no Rio, mais de 50 agremiações se dividem entre as superescolas e os grupos de acesso.

O desfile das 16 superescolas cariocas se divide em dois dias (domingo e segunda-feira de carnaval), em um megashow de mais de 20 horas de duração, numa passarela de 530 metros de comprimento, onde se exibem cerca de 60 mil sambistas. Devido à enorme quantidade de trabalho anônimo que envolve, é impossível estimar o custo de sua produção. Uma grande escola gasta cerca de um milhão de dólares para desfilar, mas este valor não inclui as fantasias pagas pela maioria dos componentes, nem as horas de trabalho gratuito empregadas na concretização do desfile (carros alegóricos, alegorias de mão, etc.). Com uma média de quatro mil participantes no elenco, cada escola traz aproximadamente 300 percusionistas, levando o ritmo em sua bateria, além de outras figuras obrigatórias: o casal de mestre-sala e porta-bandeira (mestre de cerimônias e porta-estandarte), a ala das baianas, a comissão de frente e o abre-alas.

Primeira escola de samba: Deixa falar, fundada em 12 de agosto de 1928, no Estácio, Rio de Janeiro, por Ismael Silva, Bide, Armando Marçal, Mano Elói, Mano Rubens e outros sambistas (foi extinta em 1933).

Primeiro desfile oficial: Carnaval de 1935, vencido pela Portela.

Campeão do último desfile: Mocidade Independente, com o enredo "Criador e criatura", de Renato Lage.


Capoeira

A capoeira é uma dança de luta, ritualizada e estilizada, que tem sua própria música e é praticada principalmente na cidade de Salvador, estado da Bahia. É uma das expressões características da dança e das artes marciais brasileiras. Evoluiu a partir de um estilo de luta originário de Angola. Nos primeiros anos da escravidão havia lutas permanentes entre os negros e quando o senhor de escravos as descobria, castigava ambos os bandos envolvidos. Os escravos consideravam essa atitude injusta e criavam "cortinas de fumaça" por meio da música e das canções, para esconder as verdadeiras brigas. Ao longo dos anos, essa prática foi sendo refinada até se converter em um esporte sumamente atlético, no qual dois participantes desfecham golpes entre si, usando apenas as pernas, pés calcanhares e cabeças, sem utilizar as mãos. Os lutadores deslizam com grande rapidez pelo solo fazendo estrelas e dando espécies de cambalhotas. O conjunto musical que acompanha a capoeira inclui o berimbau, um tipo de instrumento de madeira em forma de arco, com uma corda metálica que vai de uma extremidade à outra. Na extremidade inferior do berimbau há uma cabaça pintada, que funciona como caixa de som. O músico sacode o arco e, enquanto ressoam as sementes da cabaça, toca a corda tensa com uma moeda de cobre para produzir um tipo de som único, parecido com um gemido.


Candomblé

Festa religiosa dos negros jeje-nagôs na Bahia, mantida pelos seus descendentes e mestiços, é um culto africano introduzido no Brasil pelos escravos. Algumas de suas divindades são: Xangô, Oxum, Oxumaré e Iemanjá, representando esta, por si só, um verdadeiro culto.

As cerimônias religiosas do Candomblé, são realizadas de um modo geral em terreiros, que são locais especialmente destinados para esse fim, e recebem os seguintes nomes: Macumba no Rio de Janeiro, Xangô em Alagoas e Pernambuco. As cerimônias são dirigidas pela mãe-de-santo, ou pai-de-santo. Cada orixá tem uma aparência especial e determinadas preferências. O toque de atabaque, uma expécie de tambor e a dança, individualizam um determinado orixá. Os orixás são divindades, santos do candomblé, cada pessoa é protegida por um dos orixás e pode ser possuída por ele, quando, então ela se transforma em cavalos de santo.



Pratos

No Nordeste a marca africana é profunda, sobretudo na Bahia, em pratos como vatapá, caruru, efó, acarajé e bobó, com largo uso de azeite-de-dendê, leite de coco e pimenta. São ainda dessa região a carne-de-sol, o feijão-de-corda, o arroz-de-cuxá, as frigideiras de peixe e a carne-seca com abóbora, sempre acompanhados de muita farinha de mandioca. A feijoada carioca, de origem negra, é o mais tipicamente brasileiro dos pratos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Nascimento da Astronomia

A Astronomia e suas contribuições


Astronomia, que etimologicamente significa "lei das estrelas" com origem grego: (άστρο + νόμος)povos que acreditavam existir um ensinamento vindo das estrelas, é hoje uma ciência que se abre num leque de categorias complementares aos interesses da física, da matemática e da biologia. Envolve diversas observações procurando respostas aos fenômenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra bem como em sua atmosfera e estuda as origens, evolução e propriedades físicas e químicas de todos os objectos que podem ser observados no céu (e estão além da Terra), bem como todos os processos que os envolvem. Observações astronômicas não são relevantes apenas para a astronomia, mas também fornecem informações essenciais para a verificação de teorias fundamentais da física, tais como a teoria da relatividade geral.

A origem da astronomia se baseia na antiga (hoje considerada pseudociência) astrologia, praticada desde tempos remotos. Todos os povos desenvolveram, ao observar o céu, um ou outro tipo de calendário, para medir as variações do clima no decorrer do ano. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como a chegada das chuvas ou do frio. Esse conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras ideias de constelação surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento dos planetas contra um quadro de referência fixo.

A Astronomia é uma das poucas ciências onde observadores independentes possuem um papel ativo, especialmente na descoberta e monitoração de fenômenos temporários. Muito embora seja a sua origem, a astronomia não deve ser confundida com Astrologia, o segmento de um estudo teórico que associava os fenômenos celestes com as coisas na terra (marés) , mas que se apresenta-se falho ao generalizar o comportamento e o destino da humanidade com as estrelas e planetas. Embora os dois casos compartilhem uma origem comum, seus segmentos hoje são bastante diferentes; a astronomia incorpora o método científico e associa observações científicas extraterrestres para confirmar algumas teorias terrenas (o hélio foi descoberto assim), enquanto a única base científica da astrologia foi correlacionar a posição dos principais astros da abóboda celeste (como o Sol e a Lua) com alguns fenômenos terrestres, como o movimento das marés, o clima ou a alternância de estações

A astronomia já era utilizada há quatro mil anos pelos babilônios e, os antigos egípcios utilizavam seus conhecimentos de astronomia para determinar o período de plantio, de acordo com as inundações do rio Nilo. Os calendários baseados em observações celestes, pelo movimento aparente do Sol, foi de estrema importância para o homem poder fixar uma época de plantio e colheita.

A astronomia motivada pela agricultura, foi um dos grandes impulsos para a evolução das culturas sedentárias. Em todo o mundo a história se repetiu. Os maias, por exemplo, possuíam regras para o movimento dos planetas, o que os ajudavam na manutenção de um calendário.

Neste início da astronomia, acreditava-se que tudo girava em torno da Terra. Não é difícil entender porque se pensava desta maneira, já que nas observações a olho nu, o que vemos com mais clareza é o movimento da Lua e do Sol que desaparecem de um lado e reaparecem do outro, e as estrelas que descrevem trajetórias circulares.

Para Platão o céu era perfeito e para descrever esta perfeição utilizava o círculo. Aristóteles dizia que a Terra era o centro do universo, um modelo chamado geocêntrico, onde as estrelas se encontravam fixas na esfera celeste. Aristóteles também concluiu com suas observações da sombra da Terra na Lua que a terra era redonda.

Aristarco foi o primeiro a apresentar um modelo de universo onda a terra se movia ao redor do Sol (modelo heliocêntrico), girando em torno de seu próprio eixo. Isso no século III a.C.
A astronomia também foi importante para a orientação nas grandes viagens, principalmente para as viagens marítimas. As grandes navegações só foram possíveis com a utilização da astronomia como meio de orientação.

Mesmo tendo sua importância, a astronomia não evoluiu pelo menos por quase dois mil anos. O modelo geocêntrico de Aristóteles, que foi aperfeiçoado por Ptolomeu no século II, prevaleceu com o apoio da Igreja até por volta de 1514, quando começou a mudar com as idéias de Nicolau Copérnico.

Copérnico só publicou seus trabalhos em 1543, com quase setenta anos. Sua publicação, A Revolução das Órbitas Celestes, era uma evolução do modelo de Aristarco.

A grande revolução da astronomia aconteceu em meados de 1609, iniciando a astronomia moderna, as publicações de Galileu Galilei e, Johannes Kepler um pouco antes, mudaram completamente a astronomia. Galileu estudou as teorias de Copérnico e, as de Kepler, que acabara de publicar o livro “Astronomia Nova”. Reuniu uma grande quantidade de evidências para defender a teoria heliocêntrica e as publicou em italiano para divulgar ao público.

Como falamos no texto sobre Galileu, suas publicações iam contra a interpretação literal da Bíblia pela igreja Católica, onde a Terra era o centro do Universo. Galileu foi convocado a Roma para ser julgado e neste julgamento foi condenado a abjurar publicamente as suas idéias, e condenado a prisão por tempo indefinido.

No ano em que Galileu morreu, 1642, nasce Isaac Newton, que vai dar uma grande contribuição para a astronomia e revolucionar a Física.

Newton conseguiu dar um enorme salto na ciência, conseguiu o que todos buscavam na época, uma teoria física unificada. Analisando o movimento da lua ele chegou a uma descrição perfeita para os movimentos, uma descrição que poderia ser utilizada tanto para os astros como para objetos menores na terra. Esta teoria unificada é descrita em três leis, conhecidas como as leis de Newton. Com estas três leis chega-se a Lei da Gravitação Universal. Que propõem que dois corpos, a uma distância d entre si, se atraem mutuamente com uma força que é proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa.
As idéias de Newton ficaram intactas até Albert Einstein propor que a velocidade da luz no vácuo é constante. A teoria da relatividade restrita e da relatividade geral mudaram nossa compreensão de universo e, desde então, a astronomia evolui muito. Novos métodos e instrumentos de trabalhos surgiram e evoluíram, como avanços na espectroscopia com o surgimento da física quântica

Fonte:www.fisica.net/fisico/importancia_da_fisica.php

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Grécia, Uma civilização que marcou a história

A Grécia Antiga

Há mais de quatro mil anos, uma região excessivamente acidentada da Península Balcânica passou a abrigar vários povos de descendência indo-europeia. Aqueus, eólios e jônios foram as primeiras populações a formarem cidades autônomas que viviam do desenvolvimento da economia agrícola e do comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo.

Mal sabiam estes povos que eles seriam os responsáveis pelo desenvolvimento da civilização grega. Ao longo de sua trajetória, os gregos (também chamados de helenos) elaboraram práticas políticas, conceitos estéticos e outros preceitos que ainda se encontram vivos no interior das sociedades ocidentais contemporâneas. Para entendermos esse rico legado, estabelecemos uma divisão fundamental do passado desse importante povo.

No Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), temos o processo de ocupação da Grécia e a formação dos primeiros grandes centros urbanos da região. Nessa época, vale destacar a ascensão da civilização creto-micênica que se desenvolveu graças ao seu movimentado comércio marítimo. Ao fim dessa época, as invasões dóricas foram responsáveis pelo esfacelamento dessa civilização e o retorno às pequenas comunidades agrícolas subsistentes.

Logo em seguida, no Período Homérico (XI – VIII a.C.), as comunidades gentílicas transformam-se nos mais importantes núcleos sociais e econômicos de toda a Grécia. Em cada genos, uma família desenvolvia atividades agrícolas de maneira coletiva e dividiam igualmente as riquezas oriundas de sua força de trabalho. Com o passar do tempo, as limitações das técnicas agrícolas e o incremento populacional ocasionou a dissolução dos genos.

Entre os séculos VIII e VI a.C., na Fase Arcaica da Grécia Antiga, os genos perderam espaço para uma pequena elite de proprietários de terra. Tendo poder sobre os terrenos mais férteis, as elites de cada região se organizaram em conglomerados demográficos e políticos cada vez maiores. É aqui que temos o nascimento das primeiras cidades-Estado da Grécia Antiga. Paralelamente, os gregos excluídos nesse processo de apropriação das terras passaram a ocupar outras regiões do Mediterrâneo.

No período Clássico, que vai do século V até o IV a.C., a autonomia política das várias cidades-Estado era visivelmente confrontada com o aparecimento de grandes conflitos. Inicialmente, os persas tentaram invadir o território grego ao dispor de um enorme exército. Contudo, a união militar das cidades-Estado possibilitou a vitória dos gregos. Logo depois, as próprias cidades da Grécia Antiga decidiram lutar entre si para saber quem imperaria na Península Balcânica.

O desgaste causado por tantas guerras acabou fazendo de toda a Grécia um alvo fácil para qualquer nação militarmente preparada. A partir do século IV a.C., os macedônios empreenderam as investidas militares que determinaram o fim da autonomia política dos gregos. Esses eventos marcaram o Período Helenístico, que termina no século II a.C., quando os romanos conquistam o território grego.

Como conhecer o passado dos gregos?


DOCUMENTO ANTIGO MONUMENTO PINTURA RUPESTRE-VESTIGIOS TESTEMUNHO
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As Fontes Históricas podem ser divididas em: Arqueológicas, escritas e orais. Fontes Históricas Arqueológicas : Vestígios da presença humana em material variado, geralmente, não intencional. Exs: Restos de animais, utensílios, fósseis, instrumentos, armas, construções etc. Fontes Históricas Escritas : Traços escritos em material variado (papiro, pedra, papel etc), geralmente intencional. De acordo com a intencionalidade.

" Arqueólogos acham esqueletos dos mais antigos jumentos domésticos no Egito esses animais de 5.000 anos ainda lembram seus parentes selvagens da Núbia e da Etiópia. Lesões nos ossos e cartilagens, no entanto, indicam que eles viveram carregando peso”.
Os 20 fósseis encontrados na China apresentariam semelhanças com pterodáctilos mais primitivos e mais evoluídos, que viveram entre 65 milhões e 220 milhões de anos atrás.
.Neolítico os homens pré-históricos desenvolvem a técnica de construir armas e instrumentos com pedras polidas mediante atrito. Os artistas do Paleolítico também faziam esculturas. Predominam as figuras femininas, com a cabeça surgindo do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e quadris largos. Por serem o símbolo da fecundidade essas esculturas são chamadas de Vênus.
Os traços descritos podem ser: Fontes de Arquivo: Se a intenção foi comprovar alguma coisa; Fontes Literárias : Possui a intenção de informar aos contemporâneos e ä posteridade alguma coisa, mas não de comprovar. Fontes Históricas Orais : São os traços que têm a intenção de informar, mas não possuem um material de transmissão
Na construção do saber histórico são utilizados conhecimentos de diversas outras áreas do saber humano. As relações interdisciplinares são fundamentais. Toda ciência que de alguma forma auxilia na construção do saber histórico pode ser considerada uma Ciência Auxiliar da História . São exemplos destes saberes: A Paleografia, a Numismática, a Arqueologia, a Sociologia, a Geografia etc.
Paleografia
A numismática faz uso de diversas áreas do conhecimento para estudar as moedas, buscando identificá-las e situá-las no tempo histórico. Porém na atualidade a moeda se tornou, também, um documento histórico, sendo utilizada como “fonte” de dados para pesquisas, pois uma moeda pode facilmente fornecer dados sobre o povo que a cunhou, como sua forma de governo, língua , religião, forma como comercializavam, situação da economia, e até mesmo grau de sofisticação dos povos – através da análise do método de cunhagem – e por isso a numismática tem um papel cada vez maior no estudo da história dos povos.

O que a Mitologia conta sobre os primeiros gregos? (a origem dos Helenos)

Helenos (Έλληνες) - na mitologia, Heleno, filho de Deucalião e Pirra, recebeu da ninfa Orseide três filhos: Éolo, Dorus e Xuthus. Éolo e Dorus, e dois filhos de Xuthus, Aqueu e Íon, foram os fundadores lendários, respectivamente, das quatro principais tribos gregas: os eólios, os dórios, os aqueus e os jônios. Originalmente, apenas uma pequena tribo na Tessália era chamada de helenos, mas a palavra logo se estendeu ao resto da península e passou arepresentar todo o povo grego. No começo da Era Cristã era às vezes usada com o significado de "pagãos". Permanece na Grécia atual como o principal nome nacional.
Gregos (Γραικοί) - na mitologia, Graco era o irmão de Latino e sobrinho de Heleno. Era o nome de uma tribo beócia que migrou para a península Itálica no século VIII a.C. e, provavelmente, através do contato com os nativos, para lá levaram o termo que representa todos os helenos, o qual eles estabeleceram para si mesmos na Itália e no Ocidente em geral. Aristóteles e Apolodoro de Atenas mencionam que este era o nome usado pelos gregos antes de adotarem o termo helenos.

A origem da civilização grega

Os gregos são originário da península Balcanica. Vindos do Norte, das planícies eurasianas, os indo-europeus encontraram a Grécia com um clima sempre ameno, o céu e o mar azuis, e nela permaneceram.

No século XX a.C. os povos indo-europeus enfrentaram os Pelágios que habitavam a região, e os dominaram.

Como a superfície contínua da Grécia era bastante limitada, os gregos, passaram a habitar também as ilhas próximas, bastantes numerosas. A ilha de Eubéia ficava separada do continente pelo estreito de Euripes. Ítaca, Cefanônia, Córcira e Zaquintos localizavam-se no mar Jônico. Ao sul do Peloponeso, ficava Cítara, que representava uma etapa para a ilha de Creta, a mais extensa de todas. As Cícladas (Andros, Delos, Paros, Nexos) localizavam-se no Egeu, bem como as Espóradas (Rodes, Samos, Quios, Lesbos). Essas ilhas constituíam a Grécia colonial, constituídas por terras mais distantes:

Ásia Menor (Eólia, Jônica,Dória),
Sul da Itália (Magna,Crécia),
Costa egípcia (Náucratis).

Desde o período neolítico que se tem notícia da presença do homem na península Balcânica. Os pelasgos foram seus primeiros habitantes, possivelmente, de origem mediterrânea. Os cretenses, porém, foram mais importante como civilização, predominando em toda a região do Egeu. Tantos os pelasgos como os cretenses, geralmente são considerados povos anteriores aos gregos (povos pré-helênicos).
A história egeana teve suas origens na ilha de Creta, irradiando-se daí para a Grécia continental e também para a Ásia Menor. Cerca de 1.800 a.C., Cnossos e Faístos, na ilha de Creta, atingiram o seu apogeu. O palácio de Cnossos foi destruído entre cem e duzentos anos mais tarde. Formou-se uma nova dinastia, à qual se deve diversas transformações, inclusive o tipo de escrita. Os cretenses experimentaram outro período de apogeu, cerca de cinqüentas anos mais tarde, quando atingiram a Ásia menor, reconstruindo Tróia, e a Grécia continental, construindo aí Tirinto e Micenas. Os chamados "povos do mar" surgiram pelos fins do século XV a.C., e por certo foram os predecessores dos povos gregos. Eram os aqueus, povos de origem indo-européia. Da miscigenação de cretenses e aqueus originou-se a civilização Miceniana.

Duzentos anos mais tarde, os dórios, os jônicos e os eólios, outros povos helênicos, transferiram-se para Grécia. Os invasores venceram os aqueus, e substituíram as cidades pelas suas. Tais cidades viram transformar-se nas grandes representantes da Grécia Antiga: Atenas, Tebas, Esparta e outras.

Os tempos pré- helenicos- na época neolitica a Grécia passou por várias ondas de povoamento; na Tessália descobriam-se em sesklo e dhimini, importantes vestigius de comunidades agrícolas e pastoris. De 2600 1900 a. C., o período dito heládico antigo corresponde ao bronze antigo, o conjunto do território grego povoou-se pouco a pouco, e as relações marítimas com as ilhas do mar Egeu, estabelecidas ha muito, intensificaram-se.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A vida nos Biomas

Ecossistemas

Assim como uma célula pode ser considerada a unidade fundamental da vida, os ecossistemas podem ser considerados a unidade fundamental de estudo da ecologia. Eles são formados pela união de dois fatores:

Fatores abióticos – Conjunto de todos os fatores ambientais que atuam diretamente no mundo vivo. Os indivíduos euribiontes são capazes de tolerar amplos limites de variações das condições do meio onde vivem. Já os estenobiontes, apresentam limites de tolerância baixos. Alguns destes fatores são: temperatura, luz e água.

Fatores bióticos – Conjunto de todos os seres vivos que interagem em uma certa região. Podem ser chamados de biocenose, comunidade ou biota


Funcionamento
A base de um ecossistema são os produtores que são os organismos capazes de fazer fotossíntese ou quimiossíntese. Produzem e acumulam energia através de processos bioquímicos utilizando como matéria prima a água, gás carbônico e luz. Em ambientes afóticos (sem luz), também existem produtores, mas neste caso a fonte utilizada para a síntese de matéria orgânica não é luz mas a energia liberada nas reações químicas de oxidação efetuadas nas células (como por exemplo em reações de oxidação de compostos de enxofre). Este processo denominado quimiossíntese é realizado por muitas bactérias terrestres e aquáticas.

Dentro de um ecossistema existem vários tipos de consumidores, que juntos formam uma cadeia alimentar, destacam-se:

Consumidores primários:
São os animais que se alimentam dos produtores, ou seja, as espécies herbívoras. Milhares de espécies presentes em terra ou na água, se adaptaram para consumir vegetais, sem dúvida a maior fonte de alimento do planeta. Os consumidores primários podem ser desde microscópicas larvas planctônicas, ou invertebrados bentônicos que se alimentam do fitoplâncton ou do microfitobentos, até grandes mamíferos terrestres como a girafa e o elefante.

Consumidores secundários:
São os animais que se alimentam dos herbívoros, a primeira categoria de animais carnívoros.

Consumidores terciários:
São os grandes predadores como os tubarões, orcas e leões, os quais capturam grandes presas, sendo considerados os predadores de topo de cadeia. Tem como característica, normalmente, o grande tamanho e menores densidades populacionais.

Decompositores ou biorredutores:
São os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis no ambiente. Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos, são o último elo da cadeia trófica, fechando o ciclo. A seqüência de organismos relacionados pela predação constitui uma cadeia alimentar, cuja estrutura é simples, unidirecional e não ramificada.


Biosfera e Bioma

O termo Biosfera começou a ser empregado por volta de 1920. A palavra é formada por Bio = vida e esfera = camada, espaço, esfera; sendo assim, a biosfera é o espaço que possui vida na Terra.

Esse termo está relacionado aos componentes abióticos do nosso planeta que são:

Hidrosfera: espaço ocupado por água (hidro). Os oceanos, mares, lagos e rios ocupam ¾ da Terra. Abaixo do solo temos os lençóis freáticos que estão localizados desde poucos a milhares de metros subterrâneos.

Litosfera: espaço formado por solo, rochas (litos). É formada por uma grande variedade de rochas que em sua maioria está coberta por solo e outros depósitos de sedimentação.

Atmosfera: espaço formado por gás (atmos). É constituída por nitrogênio (78%), oxigênio (21%), gás carbônico (0,03%), gases nobres e vapor d´água.

O conjunto desses componentes com os seres vivos é que forma a biosfera.

A biosfera compreende desde o topo das mais altas montanhas até as profundezas dos oceanos, ela é delimitada de acordo com a presença de seres vivos.

O limite superior da Biosfera está em torno de 7000m e seu limite inferior em 11.000m, totalizando uma faixa de, aproximadamente, 18 Km.
A maioria dos seres vivos terrestres se encontra até 5000m acima do nível do mar e nos oceanos, algumas bactérias, já foram encontradas a mais de 9000m de profundidade, sendo que também a maioria se encontra até 150m de profundidade.

A diversidade de características que existe nesses ambientes se traduz na diversidade de espécies e na quantidade de seres vivos que habitam determinadas regiões. Por exemplo, nos extremos superior e inferior da biosfera, poucos seres vivos conseguem viver. As condições ambientais mais favoráveis estão nos limites intermediários dessa faixa.

Devido a essa interação entre seres vivos e biótopo da biosfera, percebemos que essa camada de nosso planeta é modificada o tempo todo, tornando-a um espaço heterogêneo.

Com a atuante presença do homem no ambiente e muitas vezes de maneira transformadora, a fragilidade da Biosfera se evidencia, entretanto, essa faixa também se mostra auto-reguladora, dinâmica, capaz de resistir, ao menos dentro de certos limites, às modificações do meio ambiente.

Como esses limites vêm sendo extrapolados ao longo das últimas décadas e as conseqüências têm sido desastrosas para os diferentes ecossistemas de nosso planeta, a UNESCO em 1970, lançou o “Programa Homem e Biosfera”, que consiste em designar áreas em diferentes regiões do planeta para serem preservadas, estudadas e se tornarem ecologicamente sustentáveis. Essas áreas são denominadas “Reservas da Biosfera”.

Em 1992, a Mata Atlântica foi nomeada pela UNESCO a primeira Reserva da Biosfera brasileira. Com cerca de 300.000 km, é a segunda maior reserva da biosfera do mundo – leia mais osbre a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica



Bioma é uma unidade biológica ou espaço geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, a fitofisionomia (aspecto da vegetação de um lugar), o solo e a altitude específicos. Alguns, também são caracterizados de acordo com a presença ou não de fogo natural.

A palavra bioma (de bios=vida e oma=grupo ou massa) foi usada pela primeira vez com o significado acima por Clements (ecologista norte-americano) em 1916. Segundo ele a definição para bioma seria, “comunidade de plantas e animais, geralmente de uma mesma formação, comunidade biótica”.

Não existe consenso sobre quantos biomas existem no mundo. Isso porque a definição de bioma varia de autor para autor. Mas, em geral, são citados 11 tipos de biomas diferentes que costumam variar de acordo com a faixa climática. Por exemplo, o bioma de floresta tropical no Brasil é semelhante a um bioma de floresta tropical na África devido a ambos os locais se situarem na mesma faixa climática. Isso significa que as fitofisionomia, o clima, o solo e a altitude dos dois locais é semelhante, muito embora possam existir espécies em um local que não existem no outro.

Os biomas são: florestas tropicais úmidas, tundras, desertos árticos, florestas pluviais, subtropicais ou temperadas, bioma mediterrâneo, prados tropicais ou savanas, florestas temperadas de coníferas, desertos quentes, prados temperados, florestas tropicais secas e desertos frios. Existem ainda, os sistemas mistos que combinam características de dois ou mais biomas.

Os biomas podem, ainda, ser divididos em biomas aquáticos do qual fazem parte a plataforma continental, recifes de coral, zonas oceânicas, praias e dunas; e biomas terrestres. Os biomas terrestres são constituídos por basicamente três grupos de seres: os produtores (vegetais), os consumidores (animais) e os decompositores (fungos, bactérias).

É comum a confusão do termo bioma com o termo biota. Porém, biota designa a parte viva de um ecossistema. Não considerando, portanto, características como o clima que fazem parte de uma classificação mais abrangente (bioma).


Biomas Brasileiros

Definição
Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor, etc) existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

Biomas Brasileiros

- Biomas Litorâneos – com um litoral muito extenso, o Brasil possui diversos tipos de biomas nestas áreas. Na região Norte destacam-se as matas de várzea e os mangues no litoral Amazônico. No Nordeste, há a presença de restingas, falésias e mangues. No Sudeste destacam-se a vegetação de mata Atlântica e também os mangues, embora em pouca quantidade. Já no sul do país, temos os costões rochosos e manguezais.

- Caatinga – presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos.

- Campos – presente em algumas áreas da região Norte (Amazonas, Pará e Roraima) e também no Rio Grande do Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela presença de pequenos arbustos, gramíneas e herbáceas.

- Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores.

- Floresta Amazônica – é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma rica biodiversidade. Está presente na região norte (Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Amapá, Maranhão e Tocantins). É o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta fechada). Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas.

- Mata dos Pinhais – também conhecida como Mata de Araucárias, em função da grande presença da Araucária angustifolia neste bioma. Presente no sul do Brasil, caracteriza-se pela presença de pinheiros, em grande quantidade (floresta fechada). O clima característico é o subtropical.

- Mata Atlântica – neste bioma há a presença de diversos ecossistemas. No passado, ocupou quase toda região litorânea brasileira. Com o desmatamento, foi perdendo terreno e hoje ocupa somente 7% da área original. Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais. A floresta é fechada com presença de árvores de porte médio e alto.

- Mata de Cocais – presente, principalmente, na região norte dos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí. Por se tratar de um bioma de transição, apresenta características da Floresta Amazônica, Cerrado e da Caatinga. Presença de palmeiras com folhas grandes e finas. As árvores mais comuns são: carnaúba, babaçu e buriti.

- Pantanal – este bioma está presente nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Algumas regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de chuvas. Presença de gramíneas, arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem inundação, há presença de árvores de floresta tropical.
A Amazônia

A Amazônia é uma região natural da América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical - a Floresta Amazônica (também chamada de Floresta Equatorial da Amazônia ou Hileia Amazônica) - a qual possui 60% de sua cobertura em território brasileiro. A bacia hidrográfica da Amazônia possui muitos afluentes importantes tais como o rio Negro, Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o Amazonas, que passa por outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É considerado o rio mais volumoso do mundo.

No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), em 1966.

É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre do país.

Uma área de seis milhões de hectares no centro de sua bacia hidrográfica, incluindo o Parque Nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000 (com extensão em 2003), Patrimônio da Humanidade.

Plantas Típicas







































Animais Típicos






































terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os solos aparecem

Formação do Solo

A formação do solo depende do lugar sobre o qual assenta o material original de que o próprio solo deriva, do clima e da topografia da área, dos organismos presentes no solo, do tempo geológico em que esse solo se desenvolveu.
O desenvolvimento de camadas horizontais perceptíveis na superfície da crosta terrestre e que são constituídas por matérias orgânicas e minerais está condicionado ao desgaste ou alteração dos minerais. Este desgaste ou alteração é devido à decomposição biológica, aos agentes atmosféricos e a factores ambientais.
As características de cada solo dependem do tipo de rochas que se desagregaram, originando solos, e do ambiente no qual se desenvolveram. O solo hoje é estudado segundo a sua natureza física, as suas propriedades químicas e biológicas, e a sua produtividade.

Intemperismo

É o conjunto de fenômenos químicos, físicos e biológicos que provocam a alteração das rochas e seus minerais. Não confundir intemperismo com erosão, pois este implica em transporte de material. No entanto, no decorrer da erosão, isto é, do transporte da matéria mineral pela superfície terrestre, o intemperismo continua atuando, principalmente através da contínua fragmentação das partículas devido aos choques mecânicos.

Em um certo sentido, intemperismo e metamorfismo são fenômenos similares, sendo que o intemperismo se diferencia do metamorfismo porque ocorre a pressão e temperatura ambientes, enquanto as transformações metamórficas ocorrem em pressão e temperatura mais elevadas, não havendo contudo, uma clara linha que demarque quando acaba um processo e inicia o outro. (ver metamorfismo)

Os produtos do intemperismo são muito variáveis. No geral as rochas e seus minerais vão sendo intemperizadas da superfície para baixo. Consequentemente, num mesmo local podemos ter materiais em níveis de alteração bem distintos, o que confere ao conjunto um aspecto diferenciado.

Em geral, na superfície temos um material em estado avançado de desagregação e decomposição, diferentemente do material mais profundo, onde pode-se encontrar uma mistura de material não alterado com material alterado.

Ao conjunto de todo o material alterado, independentemente do seu grau de alteração, damos o nome de regolito ou manto de decomposição. Ao material superficial, em estado avançado de alteração e lixiviação, associado à matéria orgânica, damos o nome de solo.

Como o intemperismo depende do clima e relevo, o solo e o regolito são sempre o produto da interação do clima com as rochas. Uma mesma rocha, em climas diferentes, produzirá solos distintos.

Para fins de estudo podemos dividir o intemperismo em dois tipos:físico e químico.

Na prática esta divisão é problemática, porque os dois ocorrem juntos, apesar de muitas vezes predominar um sobre o outro, dependendo do clima e do relevo


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pragas Agrícolas

Pragas Agrícolas


Pesticidas


Os pesticidas ou praguicidas são todas as substâncias ou misturas que tem como objetivos impedir, destruir, repelir ou mitigar qualquer praga.

Um pesticida pode ser uma substância química ou um agente biológico (tal como um vírus ou bactéria) que é lançada de encontro com as pragas que estiverem destruindo uma plantação, disseminando doenças, incomodando pessoas, etc. É utilizada em diversas formas de seres vivos, tais como: insetos, erva daninha, moluscos, pássaros, mamíferos, peixes, nematelmintos e micróbios.


Transgênicos

Transgênicos (português brasileiro) ou transgénicos (português europeu) são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contêm materiais genéticos de outros organismos. A geração de transgênicos visa organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original. Resultados na área de transgenia já são alcançados desde a década de 1970, na qual foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante.

A manipulação genética recombina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser combinados os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.

Controle Biológico (vantagens)

O controle biológico consiste no emprego de um organismo (predador, parasita ou patógeno) que ataca outro que esteja causando danos econômicos às lavouras. Trata-se de uma estratégia muito utilizada em sistemas agroecológicos, assim como na agricultura convencional que se vale do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

A incorporação do controle biológico como parte de um programa integrado de controle de pragas reduz os riscos legais, ambientais e públicos do uso de produtos químicos. Métodos de controle biológico podem ser usados em plantações para evitar que populações de pragas atinjam níveis danosos.

O controle biológico pode representar uma alternativa mais econômica ao uso de alguns inseticidas. Algumas medidas de controle biológico podem evitar danos econômicos a produtos agrícolas. A maioria dos inseticidas apresenta amplo espectro de atuação e matam de modo não específico outros animais ecologicamente importantes e potencialmente úteis. Os inimigos naturais usualmente têm preferências muito específicas para certos tipos de pragas e podem não causar dano algum a outros animais benéficos e a pessoas, havendo menos perigo de impacto sobre o ambiente e qualidade da água. Quando usados adequadamente, vários produtos comerciais para controle biológico podem ser bastante eficazes.

Perigos do controle Biológico

O controle biológico requer planejamento e gerenciamento intensivos. Pode demandar mais tempo, mais controle, mais paciência, mais educação e treinamento. O uso bem sucedido do controle biológico requer um grande entendimento da biologia da praga e a de seus inimigos. Muitos inimigos naturais de pragas são sensíveis a pesticidas e seu uso em um programa de controle biológico requer muito cuidado. Em alguns casos, o controle biológico pode ser até mais caro que o de pesticidas. Freqüentemente, os resultados do uso de práticas de controle biológico não são tão dramáticas ou tão rápidas como aqueles do uso de pesticidas. A maioria dos inimigos naturais atacam somente tipos específicos de animais, ao contrário dos pesticidas de amplo espectro.

Manejo e controle das Pragas

O controle das principais pragas da soja deve ser feito com base nos princípios do “Manejo de Pragas”. Consistem de tomadas de decisão de controle com base no nível de ataque, no número e tamanho dos insetos-pragas e no estádio de desenvolvimento da soja, informações essas obtidas em inspeções regulares na lavoura com esse fim. Nos casos das lagartas desfolhadoras e dos percevejos, as amostragens devem ser realizadas com um pano-de-batida, de cor branca, preso em duas varas, com 1m de comprimento, o qual deve ser estendido entre duas fileiras de soja. As plantas das duas fileiras devem ser sacudidas vigorosamente sobre o mesmo, promovendo a queda dos insetos, que deverão ser contados. Esse procedimento deve ser repetido em vários pontos da lavoura, considerando, como resultado, a média de todos os pontos amostrados. Especificamente para os percevejos, as amostragens devem seguir as seguintes indicações: a) ser realizadas nos períodos mais frescos do dia, quando os percevejos se movimentam menos; b) ser feitas com maior intensidade nas bordas da lavoura, onde, em geral, os percevejos iniciam seu ataque; c) ser repetidas, de preferência, todas as semanas, do início da formação de vagens (R3) até a maturação fisiológica (R7); e d) em lavouras com espaçamento reduzido entre as linhas, bater sobre o pano apenas as plantas de uma fileira (nesse caso, reduzir a população crítica para a metade, em relação ao indicado no ítem 10.2 e na Tabela 10.2). A simples observação visual sobre as plantas não expressa a população real presente na lavoura, especialmente dos percevejos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Brasil multicultural

Raças e Etnias

Etnia são grupos de pessoas que são definidas pelas suas origens e por seus traços físicos e culturais. Este termo é usado para substituir o termo raça que era usado de forma abusiva já que não existem raças de seres humanos e sim pessoas de características diferentes.

No Brasil existe uma diversidade de etnias já que as origens provêm da fusão de diferentes grupos étnicos.

Existem grupos classificados em:

Mulatos: São descendentes de negros e brancos.
Caboclos: São descendentes de índios e brancos.
Cafuzo: São descendentes de índios e negros.
Indígenas: São nativos da região brasileira.
Brancos: São os que apresentam pouca pigmentação, ou seja, pele clara.
Negros: São os que apresentam grande pigmentação, ou seja, pele escura.

Existem fatos curiosos acerca da etnia de uma pessoa, pois existem brancos que possuem descendência negra que é apresentada em determinada parte do corpo ou as vezes que nem possui característica nenhuma, mas reconhece seus antepassados.

O que é cultura

A cultura brasileira é um grande conjunto de culturas, que sintetizam as diversas etnias que formam o povo brasileiro. Por essa razão, não existe uma cultura brasileira homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. É notório que, após mais de três séculos de colonização portuguesa, a cultura do Brasil é, majoritariamente, de raiz lusitana. É justamente essa herança cultural lusa que compõe a unidade do Brasil: são diferentes etnias, porém, todos falam a mesma língua (o português) e, quase todos, são cristãos, com largo predomínio de católicos. Esta igualdade linguística e religiosa é um fato raro para um país imenso como o Brasil.

Embora seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos deixaram influências profundas na cultura nacional, destacando-se os povos indígenas, os africanos, os italianos e os alemães. As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana.

Quanto mais a sul do Brasil nos dirigimos, mais europeizada a cultura se torna. No Sul do país as influências de imigrantes italianos e alemães são evidentes, seja na culinária, na música, nos hábitos e na aparência física das pessoas. Outras etnias, como os árabes, espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada.

Multiculturalidade

Com a intensificação dos movimentos migratórios e a globalização das relações culturais, regista-se, hoje em dia, uma heterogeneidade crescente em todas as sociedades.
Têm, por isso, surgido diferentes modos de encarar essa realidade e diferentes respostas das sociedades a essa problemática. A multiculturalidade é uma delas.
Pela minha parte, posiciono-me ao lado dos autores para quem a muliculturalidade, apesar de reconhecer e valorizar as diferenças culturais, não promove verdadeiramente uma interacção entre os vários grupos culturais. Coexistem, mas sem que haja uma complementaridade, onde cada cultura saia enriquecida do contacto com as outras. A interculturalidade vai um pouco mais longe: favorece essa complementaridade estabelecendo relações recíprocas e interactivas entre as diversas culturas.
Mesmo no campo da biologia, não há suporte científico para a ausência de multiculturalidade / interculturalidade, entendida como uma vertente da biodiversidade. As relações estabelecidas são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas de que o homem faz parte. E manter o equilíbrio dos ecossistemas preservando a biodiversidade é preservar a vida no planeta.

Preconceitos

A exclusão social de um modo geral caracteriza-se por afastar o indivíduo do meio social em que vive. Pode estar relacionada a vários fatores sejam eles, políticos econômicos, religiosos, entre outros.
O preconceito racial é uma forma de exclusão social bastante comum no mundo, porém, pode-se observar que o Brasil, apesar de ser um país com população em sua maioria negra ou afro descendente, o racismo é uma prática muito freqüente, o que nos leva a pensar em qual seria o verdadeiro motivo para tamanha discriminação.
Os antecedentes históricos mundiais podem ser considerados como prova de que o negro sempre foi discriminado em todos os aspectos, não tinham, por exemplo, direito à escola e até a lei do ventre livre ser decretada, não tinham direito nem sobre seus filhos, pois, esses na hora do nascimento eram considerados propriedades dos senhores, como eram chamados os homens de pele branca que tinham condições financeiras de manter sobre seu poder vários escravos e quanto maior a quantidade maior seria o seu prestígio na sociedade.
É fato real que no mercado de trabalho e na sociedade as pessoas de cor de pele negra são menos aceitas que pessoas de pele branca. É obvio que a cor da pele não julga a competência de ninguém, mas, infelizmente, o preconceito existe e deve ser combatido no Brasil, um país negro por natureza, que ainda não aceitou ou não conseguiu aceitar esta realidade.
É preciso que os negros sejam vistos e tratados como pessoas comuns e normais que são, e não como inferiores aos brancos. Esse é apenas o primeiro passo para à sociedade se tornar menos preconceituosa.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Alergias

O que é alergia?
A alergia consiste em reaçõesexageradas que o organismo sofre quando entra em contato com determinadas substâncias (alérgenos), mesmo que em quantidades pequenas. Cerca de 25% da população sofre de alguma forma de alergia. As formas alérgicas mais comuns são: a asma (bronquite alérgica ou bronquite asmática), a rinite alérgica e as alergias cutâneas.
Os tipos de alérgenos

O alérgeno é o termo usado para a substância que causa reação alérgica. Alguns estão no ar como o pólen ou os fungos; outros são encontrados em alimentos como por exemplo o leite, frutos do mar ou ovo. Alguns insetos tem alérgenos em seu veneno; assim como, certas plantas possuem também substâncias alergênicas. No ambiente doméstico, os alérgenos encontrados mais freqüentemente são os tão conhecidos “ácaros”.
Como evitar os alérgenos da poeira?
Rinite Alégica

O que é rinite?

Rinite é uma inflamação das mucosas do nariz. Uma em cada 7 pessoas apresenta rinite alérgica, tanto adulto quanto criança. As rinites têm várias causas, desde resfriados, produtos químicos irritantes, até medicamentos e alergia. Os sintomas são muito parecidos entre todos os tipos de rinites e muita gente pensa que rinite alérgica é um resfriado que não passa nunca ou uma "sinusite" com dor de cabeça crônica.A melhor maneira de tratar a rinite alérgica é a prevenção, com medidas para diminuir a presença de agentes alérgenos na sua casa. É preciso evitar sempre as substâncias que desencadeiam a crise de rinite.

Prevenção

Você precisa saber que O PAPEL MAIS IMPORTANTE NO TRATAMENTO DA RINITE ALÉRGICA É SEU e que, às vezes, pequenas medidas trazem grandes resultados.

• Evite a poeira doméstica e os ácaros;

• Evite agentes e substâncias irritantes.Para evitar a poeira doméstica:

• Retire tudo o que possa juntar poeira em sua casa;

• Tapetes, carpetes, cortinas grossas são locais para o alojamento de ácaros e poeira. Os pisos lisos são muito mais fáceis de limpar e não abrigam ácaros;

• Tapetes finos e pequenos, que possam ser lavados, são mais práticos. Cortinas leves, que possam ser lavadas, são as ideais;

• Passe sempre um pano úmido sobre os móveis e no chão — se possível, diariamente;

• Deixe os ambientes sempre abertos para arejá-los e para que o sol entre neor tempo possível.

Mantendo a boa saúde

Equilíbrio Ambiental é o estado de um ecossistema onde a fauna e a flora são mais ou menos constantes, mostrando assim, uma relação de dependência e ajuste complexo entre as duas. No equilíbrio ambiental, vários elementos naturais, que fazem parte da cadeia alimentar ou não, estão em equilíbrio, mantendo assim, a continuidade das espécies e o ecossistema ajustado.

Principais doenças emergentes e reemergentes

Tuberculose: É causada por uma bactéria que estava praticamente erradicada no Brasil, mas não totalmente. No entanto, nos últimos anos, vem aumentando sua população por ter se tornado resistente a muitos dos medicamentos existentes, sua principal forma de tratamento.

Leishmaniose: É uma doença causada por um protozoário que é transmitido para as pessoas por meio da picada do mosquito-palha.

Alergias

terça-feira, 17 de agosto de 2010

História: Uma viagem ao Egito Antigo


O mito de Osíris

Osíris, o filho mais velho de Geb e Nut e deus do mundo subterrâneo, da ressurreição e da vida eterna foi uma vez o rei do Egito. Ísis, sua irmã, era sua esposa e rainha. A Terra floresceu sob o reu reinado e o céu e todas as estrelas o obedeciam. No entanto seu governo foi interrompido por um ato de extrema violência. Osíris foi atacado por seu irmão Seth enquanto dormia sob uma árvore às margens do Nilo e o assassinou.

Seth cortou o corpo do irmão em diversos pedaços e os espalhou pelas terras mais distantes para que ele jamais fosse encontrado. Mas Seth não conseguiria destruir o amor e encanto de Ísis, a consorte de Osíris. Ela percorreu todo o Nilo a fim de encontrar cada parte do corpo de seu marido. Quando as encontrou e as juntou novamente, deu fôlego a Osíris para que pudessem desfrutar de seu amor mais uma vez.


Papiros , túmulos e outros vestígios

Papiro (pelo latim papyrus do grego antigo πάπυρος) é, originalmente, uma planta perene da família das ciperáceas cujo nome científico e Cyperus papyrus, por extensão é também o meio físico usado para a escrita (precursor do papel) durante a Antigüidade (sobretudo no Antigo Egipto, civilizações do Oriente Médio, como os hebreus e babilônios, e todo o mundo greco-romano).

O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras.

Confecção do papiro

Foi por volta de 2500 a.C. que os egípcios desenvolveram a técnica de fabricar folhas de papiro, considerado o precursor do papel. Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em finas lâminas. Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com vinagre para ali permanecerem por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar. Outra vez secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras. A seqüência do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços de tecido de algodão, sendo então mantidas prensadas por seis dias. E é com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para formar o papel amarelado, pronto para ser usado. O papiro pronto era, então, enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.

Sarcófagos
A palavra sarcófago vem do grego sarkophágos e significa que come carne. Os termos caixão e sarcófago são utilizados muitas vezes, inclusive neste site, como se fossem sinônimos. Entretanto, o primeiro termo refere-se a uma caixa de madeira e o segundo a um recipiente de pedra, seja ela calcário, granito, basalto, etc., qualquer que seja a forma da peça. Havia sempre uma parte inferior coberta por uma tampa e os caixões eram muitas vezes colocados dentro de um sarcófago. Um terceiro tipo de material era a cartonagem. Para fabricar os caixões de madeira dava-se preferência ao cedro importado, o qual era muito mais adequado a esse tipo de trabalho. As árvores locais mais comuns eram as palmeiras, demasiadamete fibrosas e, portanto, inadequadas para a carpintaria. Também podia ser usado o sicômoro, um tipo de árvore disponível no Egito. De qualquer maneira, de madeira ou pedra, os ataúdes eram considerados simbolicamente como um tipo de casulo, com a pessoa morta abrigada em seu interior como uma criança que espera renascer no além-túmulo. Os enterros egípcios pré-dinásticos não usavam ataúdes e o uso deles tem relação com o mito de Osiris: o caixão que Seth preparou para o irmão pode ser considerado o primeiro ataúde. Ao lado vemos a parte interna de um caixão de madeira finamente decorado, o qual deve ser proveniente de Tebas e, provavelmente, data da XXII dinastia (c. 946 a 712 a.C.). A peça, na qual vem inscrito o nome de seu proprietário, Hor, tem o comprimento de um metro e 64 centímetros. Para ver o caixão como um todo, clique aqui, para ver um detalhe da parte externa da tampa, clique aqui e, finalmente, para ver a cabeceira do caixão, clique aqui.
Caixões e sarcófagos podiam ser retangulares ou antropomorfos, ou seja, com formato humano. Podia-se usar mais do que um ataúde, um dentro do outro, qualquer que fosse o seu tipo ou material. Os caixões de forma humana apareceram no Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) como extensão natural de antigas máscaras que cobriam a parte superior da múmia. Entretanto, só se tornaram realmente comuns a partir da XVII dinastia (c. 1640 s 1550 a.C.). As máscaras, por sua vez, não foram abandonadas completamente, como demonstra o exemplo da sólida máscara de ouro de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.). O caixão antropomorfo normalmente mostrava o defunto na forma de mumia. Porém, no primeiro século a.C e particularmente entre os habitantes gregos do Egito, tornou-se popular mostrar o morto usando uma roupa do cotidiano. Como ocorria com as estátuas, os egípicos acreditavam que este tipo de ataúde proporcionaria um corpo substituto para o espírito no caso da múmia se deteriorar.


Vestígios Egípcios

Entre as primeiras civilizações orientais pertencentes ao modo de produção asiático, baseadas na servidão coletiva, a egípcia sobressaiu-se como uma das mais grandiosas e a mais duradoura. Marcada pelas grandes obras hidraúlicas (canais de irrigação, diques), fundamentais para a agricultura, a civilização egípcia contava com um Estado despótico regido por um Faraó.
Situada no nordeste da África, numa região predominantemente desértica, a civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do Nilo, beneficiando-se do seu regime de cheias. As abundantes chuvas que caem durante certos meses na nascente do rio, ao sul do território egípcio (atual Sudão), provocam o transbordamento de suas águas. Essas cheias, ao ocuparem as margens do rio, depositam ali o húmus fertilizante. Terminada a época chuvosa, o rio volta a seu curso normal e a terra fica pronta para uma agricultura satisfatória.


"O Egito é uma dádiva do Nilo". Frase de autoria do historiador grego Heródoto, que explica que o regime de cheias do rio possibilitou um amplo desenvolvimento da civilização egípcia ao garantir as práticas agrícolas. Fato esse, só possibilitado pelo trabalho humano, tendo como exemplo, as grandes obras hidráulicas (canais de irrigação e diques).

Isso favoreceu o surgimento das primeiras aldeias neolíticas no vale do Nilo, formando os nomos, comunidades que eram independentes e desenvolviam uma agricultura rudimentar e tinham como chefes os nomarcas. O crescimento da população e o aprimoramento agrícola possibilitaram o nascimento das primeiras cidades.
Para agregar esforços, na construção de diques e canais de irrigação, foi imposto a união dos nomos, formando o Alto Egito (ao sul do Nilo) e o Baixo Egito (ao norte). Menés unificou o Baixo e o Alto Egito, tornando-se o primeiro Faraó da civilização Egípcia, subordinando 42 nomos.
A unificação marcou o início do período pré-dinástico. O Faraó concentrou todos os poderes em suas mãos e se apropriou de todas as terras, sua população tinha que lhe pagar impostos e servi-lo. Para solidificar totalmente seu poder usou a religião como uma arma importante, passando a ser considerado um deus vivo e sendo cultuado como tal. Daí, classificamos o regime político do Egito antigo como sendo uma monarquia teocrática.


A escrita Hieróglifa
Os egipcios acreditavam que sua escrita sagrada - datada de 3100 a.C. - era um presente de Thoth, o deus da sabedoria. Entretanto, os estudiosos contemporâneos afirmam que o povo do Nilo sofreu influências da escrita mesopotâmica. Qualquer que seja a sua origem, a escrita hieroglífica foi um instrumento que possibilitou aos egípcios registrarem dados diversificados de sua cultura: da vida cotidiana da população até as proclamações dos sacerdotes e decretos reais. Traduzindo ao pé da letra, "hieróglifo" significa "inscrição sagrada". Outras formas de escrita gravavam textos mundanos; os hieróglifos.


A contrução da civilizacão Egípcia
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).

Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.



Faraó o Rei Supremo
Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder.

O poder dos faraós

Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia.

Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção do reino.

Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois está deveria ser o túmulo para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam que Osíris (deus dos mortos) iria utiliza-la para julgar os mortos.

Será que os faraós faziam tudo sozinhos?

Teoricamente o soberano estava em toda parte e fazia tudo. Sendo impossível realizar sozinho todas as funções oficiais, o faraó as delegava a simples mortais que atuavam por ele e em seu nome. Foi o caso desse governador provincial cuja foto vemos ao lado. Na prática a carga de dirigir o Estado recaia sobre os funcionários e os sacerdotes, como representantes dos faraós que eram. Com a crescente especialização e o surgimento de novas tarefas administrativas importantes, surgiam sempre mais empregos e mais funções que levavam ao desenvolvimento de uma burocracia muito complexa. Apenas no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) já se distinguiam 1600 cargos e títulos na escala social.

Encabeçando o corpo de funcionários estava o vizir e a seu lado o tesoureiro, o diretor da casa do tesouro, o diretor dos armazéns, o grande mordomo real, o generalíssimo e o filho real de Kush, que era responsável pela administração da Núbia. Abaixo deles vinham os homens que hoje chamaríamos de prefeitos e os funcionários intermediários que tinham, entre outras, a atribuição de receber e contabilizar os impostos e taxas. Os escribas formavam a ampla base do aparato administrativo.

Fonte : http://www.fascinioegito.sh06.com/farapoli.htm
http://www.culturabrasil.org/egito.htm