terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pragas Agrícolas

Pragas Agrícolas


Pesticidas


Os pesticidas ou praguicidas são todas as substâncias ou misturas que tem como objetivos impedir, destruir, repelir ou mitigar qualquer praga.

Um pesticida pode ser uma substância química ou um agente biológico (tal como um vírus ou bactéria) que é lançada de encontro com as pragas que estiverem destruindo uma plantação, disseminando doenças, incomodando pessoas, etc. É utilizada em diversas formas de seres vivos, tais como: insetos, erva daninha, moluscos, pássaros, mamíferos, peixes, nematelmintos e micróbios.


Transgênicos

Transgênicos (português brasileiro) ou transgénicos (português europeu) são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contêm materiais genéticos de outros organismos. A geração de transgênicos visa organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original. Resultados na área de transgenia já são alcançados desde a década de 1970, na qual foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante.

A manipulação genética recombina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser combinados os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.

Controle Biológico (vantagens)

O controle biológico consiste no emprego de um organismo (predador, parasita ou patógeno) que ataca outro que esteja causando danos econômicos às lavouras. Trata-se de uma estratégia muito utilizada em sistemas agroecológicos, assim como na agricultura convencional que se vale do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

A incorporação do controle biológico como parte de um programa integrado de controle de pragas reduz os riscos legais, ambientais e públicos do uso de produtos químicos. Métodos de controle biológico podem ser usados em plantações para evitar que populações de pragas atinjam níveis danosos.

O controle biológico pode representar uma alternativa mais econômica ao uso de alguns inseticidas. Algumas medidas de controle biológico podem evitar danos econômicos a produtos agrícolas. A maioria dos inseticidas apresenta amplo espectro de atuação e matam de modo não específico outros animais ecologicamente importantes e potencialmente úteis. Os inimigos naturais usualmente têm preferências muito específicas para certos tipos de pragas e podem não causar dano algum a outros animais benéficos e a pessoas, havendo menos perigo de impacto sobre o ambiente e qualidade da água. Quando usados adequadamente, vários produtos comerciais para controle biológico podem ser bastante eficazes.

Perigos do controle Biológico

O controle biológico requer planejamento e gerenciamento intensivos. Pode demandar mais tempo, mais controle, mais paciência, mais educação e treinamento. O uso bem sucedido do controle biológico requer um grande entendimento da biologia da praga e a de seus inimigos. Muitos inimigos naturais de pragas são sensíveis a pesticidas e seu uso em um programa de controle biológico requer muito cuidado. Em alguns casos, o controle biológico pode ser até mais caro que o de pesticidas. Freqüentemente, os resultados do uso de práticas de controle biológico não são tão dramáticas ou tão rápidas como aqueles do uso de pesticidas. A maioria dos inimigos naturais atacam somente tipos específicos de animais, ao contrário dos pesticidas de amplo espectro.

Manejo e controle das Pragas

O controle das principais pragas da soja deve ser feito com base nos princípios do “Manejo de Pragas”. Consistem de tomadas de decisão de controle com base no nível de ataque, no número e tamanho dos insetos-pragas e no estádio de desenvolvimento da soja, informações essas obtidas em inspeções regulares na lavoura com esse fim. Nos casos das lagartas desfolhadoras e dos percevejos, as amostragens devem ser realizadas com um pano-de-batida, de cor branca, preso em duas varas, com 1m de comprimento, o qual deve ser estendido entre duas fileiras de soja. As plantas das duas fileiras devem ser sacudidas vigorosamente sobre o mesmo, promovendo a queda dos insetos, que deverão ser contados. Esse procedimento deve ser repetido em vários pontos da lavoura, considerando, como resultado, a média de todos os pontos amostrados. Especificamente para os percevejos, as amostragens devem seguir as seguintes indicações: a) ser realizadas nos períodos mais frescos do dia, quando os percevejos se movimentam menos; b) ser feitas com maior intensidade nas bordas da lavoura, onde, em geral, os percevejos iniciam seu ataque; c) ser repetidas, de preferência, todas as semanas, do início da formação de vagens (R3) até a maturação fisiológica (R7); e d) em lavouras com espaçamento reduzido entre as linhas, bater sobre o pano apenas as plantas de uma fileira (nesse caso, reduzir a população crítica para a metade, em relação ao indicado no ítem 10.2 e na Tabela 10.2). A simples observação visual sobre as plantas não expressa a população real presente na lavoura, especialmente dos percevejos.

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