terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Humanidade e a Natureza

O que retiramos da natureza

Nas gôndolas dos mercados, o espaço reservado aos produtos naturais não pára de crescer. E ao mesmo tempo que a variedade aumenta, novas dúvidas surgem na cabeça do consumidor. Quem nunca parou diante de uma prateleira tentando entender a diferença de aparência, de preço e, principalmente, das propriedades nutricionais existente entre os produtos naturais e os industrializados?

Livres, ou quase livres, de produtos químicos e do processo de industrialização pelo qual a maioria dos alimentos passa, os produtos naturais têm ganhado cada vez mais adeptos.
O conceito de natureza opõe-se ao conceito de humanidade. A Natureza passa a ser o outro, o estranho, o lado obscuro, o abominável que nos causa temor, o refugo da “ordem social”, o que é descartável na integridade e explorável na essência, aquilo que não tem objetivo ou significado. Maleável às liberdades dos seus senhores, serve para ilustrar campanhas de marketing para àqueles que lhe aplicam os piores venenos. Em outros termos existimos “nós” os humanos possuidores do “Reino Absoluto” e “ela” a natureza, acessível, dominável, submissa. É a poderosa vontade humana colocada como a “Mestra do Universo”.


Agricultura Orgânica

Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo frequentemente usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de organismos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável.

A sua base é holística e põe ênfase no solo. Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos tenham qualidade superior a de alimentos convencionais. Em diversos países, incluindo os Estados Unidos (NOP - National Organic Program), o Japão (JAS - Japan Agricultural Standard), a Suíça (BioSuisse) a União Europeia (CEE 2092/91), a Austrália (AOS - Australian Organic Standard / ACO - Australia Certified Organic) e o Brasil (ProOrgânico - Programa de Desenvolvimento da Agricultura, já adotaram programas e padrões para a regulação e desenvolvimento desta atividade.

Este sistema de produção, que exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Pressupõe ainda a manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos.

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