terça-feira, 3 de agosto de 2010

África: Diversidade e grandes realizações.



África:
A África é considerado o terceiro maior continente em extensão, cerca de 75% de seu território está localizado na faixa intertropical do globo, ou seja, entre o trópico de Câncer, ao norte, e o trópico de Capricórnio, ao sul. Essa característica faz com que seja o continente mais tropical do mundo, apresentando temperaturas muito elevadas. O continente africano é cortado pela linha do equador em sua parte central, ficando com terras igualmente distribuídas pelos hemisférios norte e sul.O território africano é banhado ao norte pelo mar Mediterrâneo, ao sul pela junção dos oceanos Índico e Atlântico, a leste pelo mar Vermelho e o oceano Índico e a oeste pelo Atlântico.
Relevo

No continente africano as formas de relevo são relativamente homogêneas, podendo ser considerado como um grande planalto, formado em sua maior parte por rochas antigas. O continente pode ser dividido em duas porções: a norte-ocidental, de formas mais baixas, e a sul-oriental, de topografia mais elevada.Além dos planaltos, o relevo apresenta extensas áreas de depressões, onde se instalam os desertos continentais.Apesar de os grandes planaltos dominarem a África, há algumas cadeias de montanhas no continente. Entre elas duas merecem destaque: Cadeia do Atlas e Cadeia do Drakensberg.


África: culturas e sociedades

Para compreendermos a cultura material das sociedades africanas, a primeira questão que se impõe é a imagem que até hoje perdura da África, como se até sua "descoberta", fosse esse continente perdido na obscuridade dos primórdios da civilização, em plena barbárie, numa luta entre Homem e Natureza.

De fato, a história dos povos africanos é a mesma de toda humanidade: a da sobrevivência material, mas também espiritual, intelectual e artística, o que ficou à margem da compreensão nas bases do pensamento ocidental, como se a reflexão entre Homem e Cultura fosse seu atributo exclusivo, e como se Natureza e Cultura fossem fatores antagônicos.

E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse também os povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas no evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num estágio cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade. Dotados do alfabeto como instrumento de dominação não apenas cultural, mas econômica também, os europeus estavam em busca de suas origens, sentindo-se no vértice da pirâmide do desenvolvimento humano e da História. Vem daí as relações estabelecidas entre Raça e Cultura, corroborando com essa distorção.

Por isso, a história da África, pelo menos antes do contato com o mundo ocidental, em particular antes da colonização, não pode ser compreendida tomando-se como referência a organização dominante adotada pelas sociedades ocidentais. Normalmente fica no esquecimento, dado ao fato colonial, que não existe uma África anterior, a que se convencionou chamar África tradicional, diversa e independente, com suas particularidades sociais, econômicas e culturais.


Organização Africana

A Conferência de Berlim, realizada entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Novembro de 1885, teve como objectivo organizar as colónias africanas pelas potências coloniais. A nova divisão não respeitou nem a história, nem as relações étnicas e mesmo familiares dos povos.

Foi nesta conferência que Portugal apresentou o famoso Mapa cor-de-rosa, consistindo na sua “sugestão” de ligar a Angola e Moçambique para haver uma comunicação entre as duas colónias, facilitando o comércio e o transporte de mercadorias. Mas, apesar de todos concordarem com o projecto, Inglaterra, supostamente um “antigo aliado” dos portugueses, negou o projecto e fez um ultimato, conhecido como Ultimato britânico de 1890, ameaçando guerra se Portugal não acabasse com o mapa. Portugal, pressionado com uma fragata inglesa no Douro, ameaçando fazer fogo sobre o Porto, cedeu.

No fim da conferência a Grã-Bretanha passou a administrar toda africa Austral, com excepção das colónias portuguesas, e o Sudoeste Africano, toda africa Oriental, com excepção do Tanganhica e partilhou a costa ocidental e o norte com a França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde). o Congo, que estava no centro da disputa, o próprio nome da Conferência em alemão é “Conferência do Congo, que continuou como “propriedade da Companhia Internacional do Congo, cujo principal accionista era o rei Leopoldo II da Bélgica.


Aldeias Africanas

Hoje, A floresta tropical Africana é o lar de algumas das populações tribais mais celebradas, o chamado "Pygmies" da floresta Ituri no norte do Zaire. As pessoas mais altas, conhecidas como a Mbuti, raramente excedem cinco pés (1,5 m). Além do Mbuti, existem outros três povos das florestas tropicais da África: o Aka (Central Africano e do norte do Congo República), o Baka (Sul do Camarões), e os Twa (Bacia central do Zaire). Juntos esses grupos representam cerca de 130.000 à 170.000 habitantes distribuídos na grande floresta. O resultado é baixa densidade populacional; o Mbuti tem em média menos de uma pessoa para cada uma milha e meia quadrada (quatro quilômetros quadrados).


Os povos Africanos da floresta tendem a ser sensivelmente menores do que os povos das savanas, o Pygmies por exemplo. Devido à sua pequena estatura, sem dúvida, lhes permitem avançar sobre a floresta de forma mais eficiente do que os povos altos. Além disso, a massa corporal menor permitem que os pigmeus dissipem melhor o calor corporal.

Esses povos vivem em bandos que variam de 15-70 pessoas dependendo dos fatores externos, caça, comércio, doença e área florestal. Estes grupos tendem a ser nómades, que se deslocam para novas partes da floresta várias vezes durante o ano e transportam todos os seus bens em suas costas. Seu estilo de vida nómade é menos prejudicial para o ambiente da floresta, uma vez que permite que o grupo se mude sem explorar muito dos recursos florestais locais.


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