terça-feira, 17 de agosto de 2010

História: Uma viagem ao Egito Antigo


O mito de Osíris

Osíris, o filho mais velho de Geb e Nut e deus do mundo subterrâneo, da ressurreição e da vida eterna foi uma vez o rei do Egito. Ísis, sua irmã, era sua esposa e rainha. A Terra floresceu sob o reu reinado e o céu e todas as estrelas o obedeciam. No entanto seu governo foi interrompido por um ato de extrema violência. Osíris foi atacado por seu irmão Seth enquanto dormia sob uma árvore às margens do Nilo e o assassinou.

Seth cortou o corpo do irmão em diversos pedaços e os espalhou pelas terras mais distantes para que ele jamais fosse encontrado. Mas Seth não conseguiria destruir o amor e encanto de Ísis, a consorte de Osíris. Ela percorreu todo o Nilo a fim de encontrar cada parte do corpo de seu marido. Quando as encontrou e as juntou novamente, deu fôlego a Osíris para que pudessem desfrutar de seu amor mais uma vez.


Papiros , túmulos e outros vestígios

Papiro (pelo latim papyrus do grego antigo πάπυρος) é, originalmente, uma planta perene da família das ciperáceas cujo nome científico e Cyperus papyrus, por extensão é também o meio físico usado para a escrita (precursor do papel) durante a Antigüidade (sobretudo no Antigo Egipto, civilizações do Oriente Médio, como os hebreus e babilônios, e todo o mundo greco-romano).

O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras.

Confecção do papiro

Foi por volta de 2500 a.C. que os egípcios desenvolveram a técnica de fabricar folhas de papiro, considerado o precursor do papel. Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em finas lâminas. Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com vinagre para ali permanecerem por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar. Outra vez secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras. A seqüência do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços de tecido de algodão, sendo então mantidas prensadas por seis dias. E é com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para formar o papel amarelado, pronto para ser usado. O papiro pronto era, então, enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.

Sarcófagos
A palavra sarcófago vem do grego sarkophágos e significa que come carne. Os termos caixão e sarcófago são utilizados muitas vezes, inclusive neste site, como se fossem sinônimos. Entretanto, o primeiro termo refere-se a uma caixa de madeira e o segundo a um recipiente de pedra, seja ela calcário, granito, basalto, etc., qualquer que seja a forma da peça. Havia sempre uma parte inferior coberta por uma tampa e os caixões eram muitas vezes colocados dentro de um sarcófago. Um terceiro tipo de material era a cartonagem. Para fabricar os caixões de madeira dava-se preferência ao cedro importado, o qual era muito mais adequado a esse tipo de trabalho. As árvores locais mais comuns eram as palmeiras, demasiadamete fibrosas e, portanto, inadequadas para a carpintaria. Também podia ser usado o sicômoro, um tipo de árvore disponível no Egito. De qualquer maneira, de madeira ou pedra, os ataúdes eram considerados simbolicamente como um tipo de casulo, com a pessoa morta abrigada em seu interior como uma criança que espera renascer no além-túmulo. Os enterros egípcios pré-dinásticos não usavam ataúdes e o uso deles tem relação com o mito de Osiris: o caixão que Seth preparou para o irmão pode ser considerado o primeiro ataúde. Ao lado vemos a parte interna de um caixão de madeira finamente decorado, o qual deve ser proveniente de Tebas e, provavelmente, data da XXII dinastia (c. 946 a 712 a.C.). A peça, na qual vem inscrito o nome de seu proprietário, Hor, tem o comprimento de um metro e 64 centímetros. Para ver o caixão como um todo, clique aqui, para ver um detalhe da parte externa da tampa, clique aqui e, finalmente, para ver a cabeceira do caixão, clique aqui.
Caixões e sarcófagos podiam ser retangulares ou antropomorfos, ou seja, com formato humano. Podia-se usar mais do que um ataúde, um dentro do outro, qualquer que fosse o seu tipo ou material. Os caixões de forma humana apareceram no Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) como extensão natural de antigas máscaras que cobriam a parte superior da múmia. Entretanto, só se tornaram realmente comuns a partir da XVII dinastia (c. 1640 s 1550 a.C.). As máscaras, por sua vez, não foram abandonadas completamente, como demonstra o exemplo da sólida máscara de ouro de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.). O caixão antropomorfo normalmente mostrava o defunto na forma de mumia. Porém, no primeiro século a.C e particularmente entre os habitantes gregos do Egito, tornou-se popular mostrar o morto usando uma roupa do cotidiano. Como ocorria com as estátuas, os egípicos acreditavam que este tipo de ataúde proporcionaria um corpo substituto para o espírito no caso da múmia se deteriorar.


Vestígios Egípcios

Entre as primeiras civilizações orientais pertencentes ao modo de produção asiático, baseadas na servidão coletiva, a egípcia sobressaiu-se como uma das mais grandiosas e a mais duradoura. Marcada pelas grandes obras hidraúlicas (canais de irrigação, diques), fundamentais para a agricultura, a civilização egípcia contava com um Estado despótico regido por um Faraó.
Situada no nordeste da África, numa região predominantemente desértica, a civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do Nilo, beneficiando-se do seu regime de cheias. As abundantes chuvas que caem durante certos meses na nascente do rio, ao sul do território egípcio (atual Sudão), provocam o transbordamento de suas águas. Essas cheias, ao ocuparem as margens do rio, depositam ali o húmus fertilizante. Terminada a época chuvosa, o rio volta a seu curso normal e a terra fica pronta para uma agricultura satisfatória.


"O Egito é uma dádiva do Nilo". Frase de autoria do historiador grego Heródoto, que explica que o regime de cheias do rio possibilitou um amplo desenvolvimento da civilização egípcia ao garantir as práticas agrícolas. Fato esse, só possibilitado pelo trabalho humano, tendo como exemplo, as grandes obras hidráulicas (canais de irrigação e diques).

Isso favoreceu o surgimento das primeiras aldeias neolíticas no vale do Nilo, formando os nomos, comunidades que eram independentes e desenvolviam uma agricultura rudimentar e tinham como chefes os nomarcas. O crescimento da população e o aprimoramento agrícola possibilitaram o nascimento das primeiras cidades.
Para agregar esforços, na construção de diques e canais de irrigação, foi imposto a união dos nomos, formando o Alto Egito (ao sul do Nilo) e o Baixo Egito (ao norte). Menés unificou o Baixo e o Alto Egito, tornando-se o primeiro Faraó da civilização Egípcia, subordinando 42 nomos.
A unificação marcou o início do período pré-dinástico. O Faraó concentrou todos os poderes em suas mãos e se apropriou de todas as terras, sua população tinha que lhe pagar impostos e servi-lo. Para solidificar totalmente seu poder usou a religião como uma arma importante, passando a ser considerado um deus vivo e sendo cultuado como tal. Daí, classificamos o regime político do Egito antigo como sendo uma monarquia teocrática.


A escrita Hieróglifa
Os egipcios acreditavam que sua escrita sagrada - datada de 3100 a.C. - era um presente de Thoth, o deus da sabedoria. Entretanto, os estudiosos contemporâneos afirmam que o povo do Nilo sofreu influências da escrita mesopotâmica. Qualquer que seja a sua origem, a escrita hieroglífica foi um instrumento que possibilitou aos egípcios registrarem dados diversificados de sua cultura: da vida cotidiana da população até as proclamações dos sacerdotes e decretos reais. Traduzindo ao pé da letra, "hieróglifo" significa "inscrição sagrada". Outras formas de escrita gravavam textos mundanos; os hieróglifos.


A contrução da civilizacão Egípcia
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).

Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.



Faraó o Rei Supremo
Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder.

O poder dos faraós

Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia.

Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção do reino.

Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois está deveria ser o túmulo para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam que Osíris (deus dos mortos) iria utiliza-la para julgar os mortos.

Será que os faraós faziam tudo sozinhos?

Teoricamente o soberano estava em toda parte e fazia tudo. Sendo impossível realizar sozinho todas as funções oficiais, o faraó as delegava a simples mortais que atuavam por ele e em seu nome. Foi o caso desse governador provincial cuja foto vemos ao lado. Na prática a carga de dirigir o Estado recaia sobre os funcionários e os sacerdotes, como representantes dos faraós que eram. Com a crescente especialização e o surgimento de novas tarefas administrativas importantes, surgiam sempre mais empregos e mais funções que levavam ao desenvolvimento de uma burocracia muito complexa. Apenas no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) já se distinguiam 1600 cargos e títulos na escala social.

Encabeçando o corpo de funcionários estava o vizir e a seu lado o tesoureiro, o diretor da casa do tesouro, o diretor dos armazéns, o grande mordomo real, o generalíssimo e o filho real de Kush, que era responsável pela administração da Núbia. Abaixo deles vinham os homens que hoje chamaríamos de prefeitos e os funcionários intermediários que tinham, entre outras, a atribuição de receber e contabilizar os impostos e taxas. Os escribas formavam a ampla base do aparato administrativo.

Fonte : http://www.fascinioegito.sh06.com/farapoli.htm
http://www.culturabrasil.org/egito.htm

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